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Linhas do Mundo de Savannah

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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Talvez eu apenas goste de contrariar e negar o que dizem ser certo.

"Eu me volto pras palavras e venero seus encantos, como se por me descreverem pudessem me bastar. Palavra não faz carinho, menina, palavra não dá colo. É de abraço que eu preciso quando não há mais letra, tatuagem, tinta, papel, caneta, poesia." 


E eu volto a entender tão bem cada palavra, que a anos atras os dedos dedilharam.Que os olhos enxergaram como talvez um grito profundo de desespero.
E volto a ver os mesmos erros, e volto a descrever que palavras não sustentam um coração débil.Que o corpo não suporta a angustia dos encantos desencantados.

E volto a olhar a menina que brinca de casinha sem casa, que faz birra e manha e que não aceita que perdeu.

Li isso de um amigo, " acorda! Você perdeu, linda moça".

E volto a ler linhas super estimadas de um tempo que voltou e eu não suportei abraçar. Pesado demais como minha alma, triste como uma canção. Mas nada me descreve, nada e nem ninguém.
Nem as tatuagens que carrego ao longo dos anos. Nem os sorrisos daqueles que me adoram, nem das palavras desenhas em linhas espalhadas por ai, e nem das inúmeras imagens que demostram a menina moça de olhar sensual e de rosto marcante.

Mas a moça surge no espelho sensual, apaixonada, deslumbrante.
Que homem não a olharia?
Mas é o mistério da moça que suporta os olhares. Ela acumula pessoas, mas ninguém sabe porque ela não fala o nome inteiro? Nem ela sabe o nome que tem, anda sozinha, toma decisões sozinhas é sozinha nas condutas, carrega o mundo inteiro. Mas quem deseja saber disso? Ninguem.
E ela aceita ser assim.
E por caminhos estranhos a moça hoje de cabelos sem cor  segue a trajetora, desviado-se das flores e seus perfumes, das sobras das arvores que aparecem lhe dando sombra. Ninguem sabe o motivo e talvez nem ela.
Ela conhece tanta gente , e sabe seus nomes, suas historias e ninguem a conhece. Será que ninguem vê que ela é apenas uma menina como tantas outras que tem medo do mundo lá fora, que se sente perdida e sozinha mas que dá a cara a bater todos os dias. Que é orgulhosa por demasiada e apenas quer um colo e alguém que diga " vem aqui, tudo vai ficar bem... Vou cuidar de você!"
Será?

Será os absurdos do dia a dia que a separação da fantasia a deixam tão fria?
Será que o inverso chegou e nem passamos pelo verão do litoral?
Será que lá fora é mais quente que aqui?

Deixem a menina sensual se curar
Deixem a menina moça de olhar encantador em paz.
Deixem a moça dedilhar suas palavras sem pensar num futuro ou no amanhã.

Deixe-a
Deixe-a um dia sem dor
Deixe-a respirar e querer uma vida só dela

Pare de atormenta-la

Deixa-a adaptar.

Quantas vezes a moça tem que se despedir de você

Deixe-a pertencer
Deixe-a

Ela precisa ser bagagem de alguém e não encarcerada na alfandega.

Ela quer ser durante

                             Não
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                                                                                    e
                                                                                                   Nem
                                                                                                                             Fim.



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